segunda-feira, 15 de abril de 2013

Fora da barca

Na minha infância, era o Vasco quem contratava os destaques do Cruzeiro


O naufrágio do Vasco da Gama está em andamento. A embarcação cruzmaltina chocou-se com uma rocha e arrastou-se por anos e anos em alto mar. Agora não consegue mais voltar. E, para retardar o afundamento, joga fora o que tem dentro. Mesmo que seja ouro.

Dedé foi o melhor zagueiro que surgiu no Brasil desde Thiago Silva. Conquistou a torcida vascaína e foi disparado o melhor da sua posição no ano passado. Em 2013, depois de lesão, ainda passa por altos e baixos. Mas nada que o desvalorize. Pelo contrário.

As informações davam conta do interesse de vários europeus pelo seu futebol. Principalmente os ingleses do Manchester United e do Liverpool. E após uma longa negociação com o Corinthians, o Cruzeiro entrou forte e levou Dedé.

O desfecho da negociação foi surpreendente. Com o destaque que Dedé, o caminho natural seria o Velho Continente. A torcida cruzmaltina deve estar ainda mais sentida por perder seu maior ídolo dos últimos anos para um rival brasileiro.

É triste ver como um time do tamanho do Vasco, que tem a 4ª maior torcida do país, não consegue segurar seu grande destaque. E o pior: tem direito a menos da metade dos 5 milhões de euros que serão pagos, além de atletas de pouca representatividade.

Um time que tem Carlos Alberto como grande salvador está automaticamente credenciado a brigar arduamente contra o rebaixamento neste Brasileirão. Não terá outro caminho. O horizonte é nebuloso pelos lados de São Januário.

E, para finalizar, vendo o triste fim de um dos grandes do Rio, imagino o que será do Fluminense quando a Unimed e seu representante Celso Barros, tricolor fanático, cansarem de jogar seu dinheiro no futebol. Milhões e milhões para os trazer e manter medalhões e nada para desenvolvimento da estrutura.

Que o (mau) exemplo vascaíno sirva de alerta para o rival Tricolor. Aliás, farol amarelo ligado para os times cariocas. Que fase!

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