quarta-feira, 17 de abril de 2013

A chance de eliminar um gigante


A cena que todo são-paulino espera ver ao final dos 90 minutos


O Atlético-MG é Brasil hoje na Libertadores, diria o outro. Aliás, não é só Brasil. É a América do Sul inteira. Todos vão querer ver o São Paulo fora da competição. Porque quando aparece a chance de eliminar um gigante, com tradição e camisa, ela não pode ser desperdiçada.

Rivais regionais, os já classificados corintianos e palmeirenses secariam o Tricolor de qualquer forma. Mas terão que dividir a arquibancada com os demais participantes da Libertadores. Afinal, quem não gostaria de ver um tri-campeão eliminado já na primeira fase?

O São Paulo é um caso curioso. No papel, tem um time muito forte. Conta com elenco repleto de boas opções, jogadores de altíssima qualidade. Mas ainda não deu liga em 2013. A perda de Lucas no final do último ano ainda assombra a equipe do Morumbi. Ney Franco relutou em mudar o esquema e, quando o fez, melhorou. Mas hoje não contará com Jadson e Luis Fabiano e voltará ao velho 4-2-3-1. Não entrarei no mérito dos problemas do time; farei isso amanhã em caso de eliminação.

Enfrenta o melhor time da competição, um Galo embalado, comandado por um Ronaldinho Gaucho em ótima fase. Os mineiros jogam sem Bernard e, talvez, sem Diego Tardelli. Com isso, a qualidade cai. E não chega a ser um Barcelona, apesar da ótima fase e fantástica campanha. Ainda mais jogando num Morumbi lotado.

Para mim, trata-se de um clássico nacional, com duas equipes fortíssimas. Qualquer resultado é esperado. Não entendo o pessimismo da grande maioria dos torcedores são-paulinos. Uma onda negativa em cima de uma equipe tradicional na competição, com história, camisa pesada e com um bom time.

Vejamos o exemplo de outro gigante. Em 2007, o Boca Juniors passou sufoco e quase perdeu sua vaga para o inexpressivo Cienciano (PER). Classificou-se na última rodada, com uma das piores campanhas, e decidiu todas as partidas fora de casa. Eliminou o rival Velez, o Libertad e o Cúcuta. Na final, bateu o Grêmio na Bombonera e no Olímpico, conseguindo seu 6º título na competição. E após uma primeira fase pífia.

A chance de matar um gigante não pode ser desperdiçada. Ainda mais na Libertadores. Assim como o Boca em 2007, se deixarem o São Paulo passar, depois pode ficar difícil de segurar. E aí não adianta reclamar.

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