Tá, esquece tudo. Ricardo Teixeira convidou Muricy Ramalho. Ricardo Teixeira anunciou Muricy Ramalho como novo técnico da Seleção. Mas se precipitou, adiantou a resposta do treinador e proporcionou um papelão histórico na CBF.
Antes que a poeira baixasse, Teixeira buscou a segunda opção. Uma recusa – a terceira, depois de Felipão e Muricy - teria sido fantástica. Mas era improvável. Poucos negam a Seleção.
E Mano Menezes foi o escolhido. O gaúcho era um dos favoritos e, ao meu ver, está no mesmo nível de Muricy. Ambos mereciam, têm bons currículos e são competentes. Não eram meus prediletos, mas é apenas questão de gosto. Eu apostaria no futebol ofensivo de Luxemburgo.
De qualquer forma, a chegada de Mano é bem-vinda. E merecida! Desde o Grêmio, montou times competitivos, que sabem jogar e marcar. Suas equipes contam com uma organização tática admirável.
Gosta do 4-4-2, com dois meias ofensivos. Mas também tem uma ligação com o 4-3-3, o que eu gosto muito. Deve dar oportunidade para jogadores com mais qualidade, que estavam esquecidos, como Hernanes e Elias.
Sempre levou vantagem nos confrontos com Muricy. Quando estava no Grêmio, bateu o rival na Libertadores de 2007. Chegando ao Corinthians, pôs fim ao tabu do clássico paulista e fez o Timão voltar a vencer o São Paulo. E quando parecia que tinha perdido a batalha para Muricy, a reviravolta aconteceu.
A postura, sempre serena, também conta a favor do gaúcho. Mano tem ótimo contato com a imprensa e, mesmo nas ocasiões mais tensas, manteve a calma no trato com os jornalistas. Diferente de Muricy e, principalmente, de Dunga.
Mano Menezes, então, chega com respaldo da mídia, dos torcedores e da CBF. Deixa órfãos, como disse o presidente Andrés Sanchez, o Corinthians e os corintianos. Mas é por uma boa causa, quase irrecusável.
O ‘quase’ vem por conta de Muricy Ramalho. Ético, competente e trabalhador. Espero que não se arrependa ao perder três jogos seguidos e o Fluminense resolver demiti-lo. Afinal, todos os times brasileiros são iguais!
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