sábado, 24 de julho de 2010

Mano sempre venceu Muricy. Agora, na Seleção


Tá, esquece tudo. Ricardo Teixeira convidou Muricy Ramalho. Ricardo Teixeira anunciou Muricy Ramalho como novo técnico da Seleção. Mas se precipitou, adiantou a resposta do treinador e proporcionou um papelão histórico na CBF.

Antes que a poeira baixasse, Teixeira buscou a segunda opção. Uma recusa – a terceira, depois de Felipão e Muricy - teria sido fantástica. Mas era improvável. Poucos negam a Seleção.

E Mano Menezes foi o escolhido. O gaúcho era um dos favoritos e, ao meu ver, está no mesmo nível de Muricy. Ambos mereciam, têm bons currículos e são competentes. Não eram meus prediletos, mas é apenas questão de gosto. Eu apostaria no futebol ofensivo de Luxemburgo.

De qualquer forma, a chegada de Mano é bem-vinda. E merecida! Desde o Grêmio, montou times competitivos, que sabem jogar e marcar. Suas equipes contam com uma organização tática admirável.

Gosta do 4-4-2, com dois meias ofensivos. Mas também tem uma ligação com o 4-3-3, o que eu gosto muito. Deve dar oportunidade para jogadores com mais qualidade, que estavam esquecidos, como Hernanes e Elias.

Sempre levou vantagem nos confrontos com Muricy. Quando estava no Grêmio, bateu o rival na Libertadores de 2007. Chegando ao Corinthians, pôs fim ao tabu do clássico paulista e fez o Timão voltar a vencer o São Paulo. E quando parecia que tinha perdido a batalha para Muricy, a reviravolta aconteceu.

A postura, sempre serena, também conta a favor do gaúcho. Mano tem ótimo contato com a imprensa e, mesmo nas ocasiões mais tensas, manteve a calma no trato com os jornalistas. Diferente de Muricy e, principalmente, de Dunga.

Mano Menezes, então, chega com respaldo da mídia, dos torcedores e da CBF. Deixa órfãos, como disse o presidente Andrés Sanchez, o Corinthians e os corintianos. Mas é por uma boa causa, quase irrecusável.

O ‘quase’ vem por conta de Muricy Ramalho. Ético, competente e trabalhador. Espero que não se arrependa ao perder três jogos seguidos e o Fluminense resolver demiti-lo. Afinal, todos os times brasileiros são iguais!



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