sexta-feira, 23 de julho de 2010

O trabalho que deu certo


"Aqui é trabalho, meu filho"! Com este bordão, o técnico Muricy Ramalho marcou época no futebol paulista e brasileiro.

Foram três títulos nacionais consecutivos (2006, 2007 e 2008), esquemas táticos firmes e entrevistas polêmicas, mas engraçadas (ao contrário de seu antecessor, Dunga).

Muricy nunca negou que seu grande objetivo era chegar ao comando da Seleção brasileira. E, ao longo dos anos, se preparou para isso. Melhorou taticamente, reviu seus conceitos e mudou até sua postura com a imprensa, com discurso mais ameno.

Os trabalhos nos clubes - principalmente Inter, São Paulo, Palmeiras e Fluminense - não devem pautar a conduta do treinador na Seleção.

Nos times, ele trabalha com o que tem, fecha o esquema e joga com o que tem de mais favorável. Na Seleção não. Lá ele chama quem quer, define sua formação favorita (provavelmente o 4-4-2) e chama as peças preferidas.

Aliás, por essa mesma diferença, acredito que o tão criticado Dunga pode ser um bom treinador de clube. Suas convicções, coerência e capacidade de disputar, seja lá o que for, podem fazer sua carreira engrenar.

Mas voltemos à Muricy... certa vez, em uma entrevista ainda na época de São Paulo, o treinador foi questionado sobre sua escalação ideal para seleção. Não vou me recordar os 11 titulares, mas lembro que ele escalou o time no 4-4-2, com um volante marcador, um volante de mais qualidade (era o Hernanes, esse eu recordo) e dois meias de criação.

Não, Muricy Ramalho não era meu nome ideal. Eu preferia Vanderlei Luxemburgo, que considero o maior entendedor de futebol do Brasil. Mas acho que, por merecimento, a nomeação de Muricy faz justiça.

É o maior vencedor do futebol recente, com títulos e carisma. Tem lá suas dificuldades no mata-mata, mas acredito que essa cisma vá acabar por aqui. Eu acredito!

Boa sorte, Muricy!

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