quinta-feira, 1 de julho de 2010

Que falta faz...


Não, a Copa do Mundo ainda não acabou. Mas esses dois dias sem ver a jabulani rolar, após uma longa sequência de partidas - boas e ruins - fizeram os viciados por futebol sentirem falta do Mundial, mesmo que ainda não tenham sido disputadas as fases mais importantes.

Desde o dia 11 de junho, data da estreia da África do Sul contra o México, a Copa do Mundo teve 56 jogos, com 123 gols (média baixa, de 2,19 por partida). Dos 32 times que começaram o torneio, apenas oito ainda sonham com o título.

Enquanto sentimos falta dos jogos e da emoção das decisões - e como fazem falta os jogos, até aqueles às 8h30 da manhã - vamos projetar os próximos confrontos, que definirão os semi-finalistas do torneio.

Brasil x Holanda
O Brasil deverá ter seu maior desafio até agora no torneio. A Holanda tem 100% de aproveitamento, com quatro vitórias em quatro jogos. Além disso, a dupla Robben e Sneijder deve infernizar a forte defesa brasileira.

O Brasil, por sua vez, conta com seu trio ofensivo - Kaká, Robinho e Luís Fabiano - contra a frágil zaga holandesa. Mas, diferente dos outros anos, a defesa é o ponto forte da Seleção. Lúcio e Juan vivem fase excepcional.

O jogo é imprevisível ao extremo. A Holanda deve atacar e deixar o Brasil contra-atacar. É um caminho mortal para a equipe europeia. Como disse Chilavert, o Brasil parece uma cobra venenosa. Espera ser atacado para, depois, matar o rival.

Creio, porém, em sofrimento para a torcida brasileira. Deve ser um jogo decidido na prorrogação e talvez até nos pênaltis. Impossível cravar um classificado. Mas quem passar deve chegar facilmente à final.

Uruguai x Gana
A seleção de Gana representa todo um continente: é a África em campo. Conta com a empolgação e também com a força física de seus atletas. Mas é só!

O Uruguai chegou ao Mundial desacreditado. Cresceu de produção e é favorito. É um time com diferencial técnico - leia-se Forlán e Suárez - e com capacidade de decisão. Continua com a velha mística e aquela dose de catimba, comandada pelo experiente zagueiro Lugano.

Passa o Uruguai, para tristeza dos africanos.

Alemanha x Argentina
Certamente o confronto de maior rivalidade das quartas-de-final. Esse clássico aconteceu também em 2006, com vitória nos pênaltis dos alemães, então donos da casa. Maradona não nega o sentimento de revanche.

A Alemanha me surpreendeu. Eu esperava muito menos. Até porque não contava com com o ótimo Ozil e a posição estratégica de Schweinsteiger, mais recuado. A Argentina, por sua vez, é exatamente o que eu esperava: um ataque sensacional e uma defesa nada confiável.

Apesar da rivalidade, creio que passe a Argentina, que tem um diferencial chamado Messi. Na minha opinião, os argentinos são, inclusive, francos favoritos ao título.

Espanha x Paraguai
O jogo mais previsível desta fase. Se der a lógica, a favorita Espanha deve atropelar o esforçado - porém fraco - Paraguai.

A Espanha vem subindo de produção. Contra Portugal, conseguiu sua melhor apresentação. O meio-campo prende a bola de forma impressionante. Villa, em boa fase, tem feito os gols. Já o Paraguai mira o exemplo da Suiça, que se fechou toda e conseguiu um contra-ataque para vencer a Fúria.

Eu acho quase impossível o filme se repetir e cravo a Espanha na semi.

E agora é esperar mais esse dia de ócio futebolístico para, enfim, voltar a assistir ao maior evento esportivo mundial.

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