segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Ingratidão, direito ou lavagem cerebral?

De maior revelação do São Paulo pós-Kaká para figura não-grata pela torcida tricolor. O jovem Oscar (foto), de 18 anos, mudou a sua história no time paulista ao entrar na Justiça contra o clube e ganhar o seu passe.

O São Paulo foi pego de surpresa. De fato, deve ter cometido algum erro jurídico no caso (o advogado do atleta alega o não pagamento do fundo de garantia e um suposto aumento prometido em contrato, que somariam R$ 6 mil). Desta forma, Oscar está temporariamente livre e pode negociar com qualquer clube. Falou-se em Santos e Corinthians, além de um possível interesse europeu.

Com ou sem razão, o caminho tomado por Oscar no mínimo foi impensado. Primeiro porque o clube do Morumbi deve recuperar os direitos federativos na Justiça, já que garante estar em dia com tudo o que foi prometido. Segundo porque, de grande revelação e futuro camisa 10, o meia passou a um traidor para a torcida são-paulina. Em sites de relacionamento, é possível ver como os tricolores estão surpresos e aborrecidos com o fato.

Talvez esta seja a intenção de Giuliano Bertolucci, empresário ligado a Kia Joorabchian e atualmente gerenciando a carreira do jovem atleta. Com a relação desgastada com a torcida, Oscar não teria ambiente no time e seria vendido com maior facilidade para o exterior. Os dirigentes do Morumbi dizem que o jogador foi mal assessorado, recebendo más influências de pessoas querem negociá-lo e faturar em cima do garoto.

Fato é que a notícia caiu como uma bomba no São Paulo, mostrando que o clube, tido como exemplo, também tem seus vacilos. E acaba sofrendo do mal que tanto causou, atraindo jogadores como Ilsinho e Dagoberto, só para citarmos alguns exemplos.

O caminho escolhido por Oscar, na minha opinião, foi o pior possível. Se havia atraso de pagamento, que falasse com o clube. Jogou fora o status de grande promessa, ou quase um craque, sem ao menos ter feito nada na carreira. Com 18 anos, é um potencial bom jogador, que poderia ser lapidado, chegar a uma Seleção e, aí sim, entrar na Europa com destaque. Como fez Kaká! Como fizeram muitos outros grandes jogadores.

Nas categorias de base do tricolor, Oscar sempre foi tido como o novo Kaká! Mas antes de ser um jogador como o camisa 8 do Real Madrid, é preciso ter caráter e hombridade como o jogador da Seleção que, mesmo xingado pela torcida, saiu de cabeça erguida e dando lucro ao time que o revelou e que tanto investiu em sua formação. Questão de caráter!

A novela só terminará em 2010. Mas a carreira de Oscar no São Paulo está manchada para sempre, seja qual for o veredito da Justiça!


Um comentário:

Bruno Frank disse...

Essa discussão ja ficou pesada nos canais de televisão, principalmente na ESPN.
Fato, parece que o rapaz foi a coagido a emancipar-se para assinar um contrato mais longo.
Pratica mais criativa que os famigerados contratos de gaveta que o Santos e o Botafogo (se nao me lembro) costumavam fazer.
No blog do cosme tem um post interessante sobre isso, se é burrice ou não, no minimo eu sei que Oscar está sendo corajoso. A diretoria Sao paulina sempre quis se mostrar para imprensa como intocavel, o caso de Oscar é um erro grave para sua reputacao.
Acredito que tenha sido uma culpa de ambos os lados.
Oscar não é burro e talvez ingrato com o torcedor do Sao Paulo.
Mas nao com o time. Procure pelos posts no blog do cosme. Um blogueiro controverso, mas sempre tem os melhores furos.