terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Perseguido, Valdívia tem árdua tarefa: fugir da marcação!

O meia chileno Valdívia (foto), do Palmeiras, fez de 2007 o seu ano. Conquistou a torcida do Verdão, a admiração dos críticos e o respeito dos adversários. Foi eleito o melhor meia-direita do Brasileirão, após atuações realmente acima da média.

Habilidoso e dono de um drible fácil e rápido, o meia costuma deixar seus marcadores para trás. Mas junto com o seu destaque e com os elogios, cresce a preocupação dos adversários com o seu bom futebol.

Agora Valdívia tem que conviver com um outro cenário. Em todos os jogos, tem que enfrentar a marcação individual de um volante oponente. No último clássico contra o Santos, por exemplo, ele foi seguido de perto por Adriano durante todo o jogo, inclusive quando foi ouvir instruções do técnico Vanderlei Luxemburgo.

Junto a isso, uma nova modalidade de marcação aflige o craque chileno. O rodízio de faltas armado pelos adversários consegue parar as suas jogadas, sem que os jogadores sejam punidos com cartão amarelo. A cada momento, um atleta diferente faz a falta, impedindo que o árbitro veja uma seqüência de faltas do mesmo marcador.

Valdívia passou, então, a reclamar com os árbitros, pedir rigor aos juizes. Mas ao invés de diminuir a violência, a ação surtiu efeito contrário. Os árbitros costumam não tolerar as reclamações do chileno e, inclusive, puní-lo com cartão amarelo freqüentemente.

Com isso, o camisa 10 mais criativo do futebol brasileiro, mesmo sendo estrangeiro, sofre para adaptar-se a sua nova realidade. E como superar as retrancas e fortes marcações em cima do seu craque? O desafio está com o técnico Luxemburgo.

Na teoria, 'El Mago' servirá para abrir espaços para os demais jogadores do Palmeiras, como o recém-contratado Diego Souza. Desta forma, a defesa do oponente estará mais vulnerável e mais fácil de ser superada.

Infelizmente não há mais espaço para jogadores criativos e com grande capacidade técnica. A marcação é o ponto de partida da maioria dos treinadores do futebol, tanto brasileiro quanto internacional.

Quem sofre são os craques. E, com certeza, os torcedores!

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