Dunga e a imprensa brasileira nunca se bicaram. Nos tempos de jogador da Seleção, foi culpado (injustamente, diga-se de passagem) pela derrota na Copa de 90. Aquele fracasso ficou conhecido como obra da 'Era Dunga'. E ele nunca esqueceu disso!
Em 1994, a redenção. Capitão, teve boas atuações e levantou o troféu do tetra brasileiro. Desabafou contra a imprensa ao ter a taça nas mãos. Seguiu como comandante linha dura, ainda dentro de campo, até a Copa de 98, quando o Brasil perdeu a final para a França.
Depois disso, afastou-se do futebol e retornou como comentarista. Analisou a Copa do Mundo de 2006 e foi um dos críticos do 'Big Brother' na concentração antes e durante o Mundial. Junto a isso, ouviu muitas reclamações dos jornalistas quanto às regalias da Globo na cobertura da Seleção.
Estava formada uma nova personalidade, presenteada com o cargo de técnico da Seleção após o fiasco na Alemanha. O Brasil precisava de um comandante linha dura. E agora, em 2010, já são quatro anos à frente do escrete canarinho.
O currículo, apesar de curto, é vitorioso. Título na Copa América, contra a rival Argentina, e na Copa das Confederações, com uma bela virada contra os EUA. O único deslize aconteceu na derrota nas Olimpíadas, quando ficou com a medalha de bronze.
Neste ano, os pedidos por novidades na Seleção desgastaram ainda mais o ambiente entre treinador e imprensa. Neymar, Ganso, Ronaldinho... os nomes eram diversos, mas a dor de cabeça só aumentava. A lista final, porém, trouxe os mesmos jogadores que estiveram ao lado de Dunga nos momentos críticos.
Coerência. Essa foi a palavra usada pelo treinador para explicar suas escolhas. E, de fato, ele sempre foi fiel às suas convicções. Vence por sua cabeça ou perde pelo mesmo motivo. Assumiu o risco e as consequências.
Porém, o episódio do xingamento ao jornalista Alex Escobar, da Rede Globo, foi o mais sério neste difícil convívio. Dunga explodiu e usou palavras de baixo calão. Atingiu Escobar, atingiu a Globo. Mas atingiu, também, todos os jornalistas presentes. Atingiu quem preza pela educação.
E o momento era positivo. Vitória convincente por 3x1 contra Costa do Marfim. Hora de ser exaltado por, pelo menos, 90% dos jornalistas (os sérios). Mas não. Preferiu voltar a provocar a imprensa, sua eterna inimiga.
Tirar os privilégios da Globo, que tinha livre acesso aos jogadores até 2006, é louvável. Fez muito bem à democracia da informação. Igualdade a todos os jornalistas e todas as empresas de comunicação.
O duro é aguentar esse clima bélico, em uma guerra sem sentido, por fatos que deveriam estar enterrados. Dunga apanhou muito da imprensa? Sim. Descontar agora resolve? Não. Ainda mais no Alex Escobar, que é tido por todos como um rapaz boa gente, de bom convívio. E pelo simples fato dele trabalhar na Globo.
No final, os dois estão errados. A imprensa, por bater tanto em Dunga, desde sempre. O treinador, por perder a calma. Mas, principalmente, por não agir com a nobreza que pede o cargo que ocupa.
Técnico da Seleção Brasileira está no ponto mais alto do mundo do futebol. Comanda os melhores jogadores, na equipe mais vencedora da história. Deve estar preparado para isso. Deve ser superior à picuinhas, provocações baratas e ofensas dignas de 4ª série.
Em 1994, a redenção. Capitão, teve boas atuações e levantou o troféu do tetra brasileiro. Desabafou contra a imprensa ao ter a taça nas mãos. Seguiu como comandante linha dura, ainda dentro de campo, até a Copa de 98, quando o Brasil perdeu a final para a França.
Depois disso, afastou-se do futebol e retornou como comentarista. Analisou a Copa do Mundo de 2006 e foi um dos críticos do 'Big Brother' na concentração antes e durante o Mundial. Junto a isso, ouviu muitas reclamações dos jornalistas quanto às regalias da Globo na cobertura da Seleção.
Estava formada uma nova personalidade, presenteada com o cargo de técnico da Seleção após o fiasco na Alemanha. O Brasil precisava de um comandante linha dura. E agora, em 2010, já são quatro anos à frente do escrete canarinho.
O currículo, apesar de curto, é vitorioso. Título na Copa América, contra a rival Argentina, e na Copa das Confederações, com uma bela virada contra os EUA. O único deslize aconteceu na derrota nas Olimpíadas, quando ficou com a medalha de bronze.
Neste ano, os pedidos por novidades na Seleção desgastaram ainda mais o ambiente entre treinador e imprensa. Neymar, Ganso, Ronaldinho... os nomes eram diversos, mas a dor de cabeça só aumentava. A lista final, porém, trouxe os mesmos jogadores que estiveram ao lado de Dunga nos momentos críticos.
Coerência. Essa foi a palavra usada pelo treinador para explicar suas escolhas. E, de fato, ele sempre foi fiel às suas convicções. Vence por sua cabeça ou perde pelo mesmo motivo. Assumiu o risco e as consequências.
Porém, o episódio do xingamento ao jornalista Alex Escobar, da Rede Globo, foi o mais sério neste difícil convívio. Dunga explodiu e usou palavras de baixo calão. Atingiu Escobar, atingiu a Globo. Mas atingiu, também, todos os jornalistas presentes. Atingiu quem preza pela educação.
E o momento era positivo. Vitória convincente por 3x1 contra Costa do Marfim. Hora de ser exaltado por, pelo menos, 90% dos jornalistas (os sérios). Mas não. Preferiu voltar a provocar a imprensa, sua eterna inimiga.
Tirar os privilégios da Globo, que tinha livre acesso aos jogadores até 2006, é louvável. Fez muito bem à democracia da informação. Igualdade a todos os jornalistas e todas as empresas de comunicação.
O duro é aguentar esse clima bélico, em uma guerra sem sentido, por fatos que deveriam estar enterrados. Dunga apanhou muito da imprensa? Sim. Descontar agora resolve? Não. Ainda mais no Alex Escobar, que é tido por todos como um rapaz boa gente, de bom convívio. E pelo simples fato dele trabalhar na Globo.
No final, os dois estão errados. A imprensa, por bater tanto em Dunga, desde sempre. O treinador, por perder a calma. Mas, principalmente, por não agir com a nobreza que pede o cargo que ocupa.
Técnico da Seleção Brasileira está no ponto mais alto do mundo do futebol. Comanda os melhores jogadores, na equipe mais vencedora da história. Deve estar preparado para isso. Deve ser superior à picuinhas, provocações baratas e ofensas dignas de 4ª série.
Ou, no mínimo, ter educação.
4 comentários:
Texto mto bom, mais o Dunga merece aplausos por enfrentar a Globo. Fora q ele apanho des do dia q entro na seleçao. Hora da revanche!!!!
Dunga eh excroto d+
Abraçao!
Exatamente. Falou tudo o que eu acho dessa historinha toda!
Nobreza? Os comentários da imprensa são muitas vezes mais crueis do que as (únicas 3)expressões de baixo calão que utilizou no episódio citado.
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