Após a vergonhosa goleada para o São Caetano, o técnico Muricy Ramalho (foto) foi demitido do Palmeiras. O badalado treinador perdeu o emprego pela segunda vez em apenas um ano, fato raro na carreira recente do comandante, que foi campeão brasileiro três anos consecutivos.
O conhecimento e as conquistas de Muricy são inegáveis. O bordão “aqui é trabalho, meu filho” fez sucesso em sua passagem pelo São Paulo e explica bastante a forma do treinador comandar suas equipes. Times quadrados, com forte vocação defensiva e uma queda quase irresistível para os cruzamentos na área adversária.
Teve muito sucesso no Internacional, sendo vice-campeão brasileiro em 2005. No ano seguinte, o Colorado conquistou a Libertadores e o Mundial, praticamente com o mesmo time e sob o comando de Abel Braga. Mudou-se para o São Paulo no início de 2006, onde conquistou três títulos nacionais, mas falhou quando o assunto era Libertadores, obsessão pelos lados do Morumbi.
Deixou o Tricolor amado por boa parte da torcida, admiradora de sua raça no comando do time, e odiado por uma menor parcelada, que criticava o estilo de jogo e a falta de variação nas jogadas. No fim, com sua ida ao rival Palmeiras, perdeu grande número de fãs que ainda restavam no São Paulo.
Talvez tenha chegado a hora de Muricy rever suas preferências. A defesa não é o melhor ataque, mesmo que as vezes dê certo. O cruzamento não é a única solução ofensiva. A soberba do “eu sou bom mesmo” já passou dos limites e diz muito pouco sobre suas qualidades. E isso sem falar da forma estúpida de responder aos jornalistas.
Por isso, Muricy, é um bom tempo para repensar sua tática, suas atitudes e, principalmente, sua postura.
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