Craque. No dicionário, esta palavra é definida como jogador de futebol que se tornou célebre; indivíduo ou coisa admirável pela excelência ou perfeição; ás. Nos gramados, porém, o sinônimo de craque pode ser apontado como Ronaldo Fenômeno.
No clássico entre Corinthians e Palmeiras neste domingo, o camisa 9 do Timão saiu do banco de reservas para, aos 48 minutos do segundo tempo, empatar o jogo e mostrar: o Fenômeno está realmente de volta.
O gol não foi ao estilo de Ronaldo. Não foi em uma de suas arrancadas características, pelo contrário. Foi de cabeça, algo raro em sua carreira. Mas valeu como um gol de Copa do Mundo. A comemoração, subindo (e quebrando) no alambrado e vibrando com a Fiel, mostrou a importância daquele gol para o Fenômeno.
Ronaldo, entretanto, começou entre os reservas. Viu um primeiro tempo fraco tecnicamente, também por causa do forte calor na cidade de Presidente Prudente. O Corinthians começou melhor, mas não assustou o goleiro Bruno. O Palmeiras logo equilibrou as ações e começou a dominar a partida, criando a melhor chance de gol, em cabeçada de Maurício Ramos, em que o goleiro Felipe fez bela defesa.
No início da segunda etapa, porém, um erro feio do arqueiro alvinegro. Após passe de Keirrison, Felipe saiu mal do gol, foi encoberto e a bola sobrou para Diego Souza. Tranquilo, o meia driblou o goleiro e bateu para abrir o placar para o Verdão.
O técnico Mano Menezes não esperou para agir. Colocou Dentinho no lugar de Souza e melhorou o ataque do Timão. Do outro lado, Luxemburgo logo tirou o autor do gol, Diego Souza, para colocar Willians e apostar nos contra-ataques. Aos 15 minutos, a alteração que todos esperavam: Ronaldo entrou em campo, substituindo o fraco argentino Escudero.
E aí o jogo mudou. O Corinthians foi para cima, em busca do empate. O Fenômeno, diferente da última quarta-feira, entrou bem, movimentando-se e buscando a bola. Nos contra-ataques, o Palmeiras poderia ter matado o jogo com Keirrison em duas oportunidades, mas não aproveitou.
Ronaldo, então, começou a mostrar suas cartas. Primeiro, um drible no meio-campo, sem sucesso na hora do passe. Depois, um belíssimo chute de fora da área, explodindo no travessão. Mais tarde, um drible e uma boa jogada na linha de fundo, que quase resultou em gol de André Santos.
No finalzinho, com a impressão que o Palmeiras já era o vencedor da partida, o árbitro Wellington Abade deu 4 minutos de acréscimos. Tempo suficiente para animar os corintianos. Após boa chance de Elias, um escanteio. Douglas cobrou aberto, o goleiro Bruno falhou e Marcão subiu menos que Ronaldo, que empatou de cabeça e fez a festa da Fiel.
Craque, predestinado, iluminado! Mas acima de tudo, merecedor de todo esse sucesso. Ronaldo é, sim, O CARA!
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